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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Origem do Cavalo Bretão


A Origem do Cavalo Bretão é francesa , eles começaram a ser criados na região da Bretagne, Noroeste da França. Por isso seu nome ficou Breton, como o povo que nasce nesta região. Suas características começaram a ser delineadas  já na Idade Média, nos séculos XII e XIII, através de cruzamentos dos pequenos cavalos “bidets”, que os Celtas trouxeram naquela época para a Bretagne, com os cavalos de raça Oriental. Esses cruzamentos fortaleceram a estrutura dos Bidets que foram se reproduzindo nativamente pelos campos da Bretagne e que sofreram também introdução de sangue de cavalos Ingleses, Irlandeses, Espanhóis e Húngaros, até início do século 18. Nesta época foram criados os Haras Nacionais e Napoleão decretou a melhora de todos cavalos franceses, selecionando os mais fortes e rústicos para sua guerra, fosse para sela, fosse para tração de sua artilharia, e assim começaram os controles genealógicos das raças eqüinas na França.  Os Cavalos de Tração Bretões começaram a ter seu padrão reconhecido ao redor de 1830, e o primeiro tipo reconhecido de cavalo de tração na Bretagne teve a denominação de Bidet Breton, com a abertura do mercado da Bretanha central para o exterior, a demanda foi maior por cavalos de tração agrícola, aumentando então o número de animais Bidet Bretons e sua produção na França. O Bidet ainda sofreria influência da raça Ardennais , que originou o segundo tipo reconhecido pelos Haras Nacionais: O “Petit Trait Breton” ou “Centre Montagne”, animal mais compacto, de baixa estatura, peito profundo,  pescoço curto e grossa ossatura. Este tipo foi buscado por inúmeros criadores. Continuando a busca por um cavalo mais adequado, na metade do século XIX, colocaram a raça Percheron, buscando mais altura para os bidet bretons, mas cujos resultados não agradaram, chegaram a formar o “Trait Breton Percheronisé” , mas que por dar muito a pelagem tordilha não foi mais utilizado e saiu aos poucos do selecionamento, então procurou-se outra raça que agradasse mais aos criadores locais, e aí escolheram garanhões ingleses da raça Norfolk, que então formaria o Trait Postier Breton , com andamentos mais enérgicos, mais altos , com maior distinção, e mais finos de ossatura. No início do século XX, no ano de 1901, foram os Postiers ou também chamados Norfolk Bretons que iniciaram o sucesso e o início da reputação internacional do Cavalo de Tração Bretão. Depois os cruzamentos mais utilizados e aceitos pelos criadores dos rústicos bretões, foram dos Postiers com os Petit Trait Breton, para voltar na conformação que agradava mais estes. Após a decisão de não mais comprarem garanhões Norfolks em 1909, os verdadeiros selecionadores da raça, mantiveram seus programas de cruzamento entre os dois últimos tipos e enfim a raça foi reconhecida e no mesmo ano teve seu Stud-Book aberto para o controle genealógico desde o nascimento dos potros, em sequência foi fundado o Syndicat des Éleveurs du Cheval Breton e em 1950 começaram a marcar à ferro todos cavalos registrados com o símbolo do armiño, um tipo de  punhal, na região da tábua esquerda do pescoço. A raça tinha então uma única denominação: Trait Postier Breton, e eram separados depois em tipo Postier e tipo Trait. Esta separação se seguiu até final do século XX. Após diversos cruzamentos entre Trait x Postier, atualmente é chamado somente por Cheval Breton ou Cavalo Bretão, dentro da categoria Chevaux de Trait ou ainda Cheval de Trait Breton. O Bretão foi trazido para o Brasil face  iniciativa do Exército, que precisava do animal para puxar os equipamentos de artilharia. Houve  uma importação inicial de garanhões  Norfolk Bretons em 1925 que foram utilizados em éguas comuns e as primeiras importações de garanhões puros ocorreram no  Estado de São Paulo, através da vinda de dois garanhões no ano de 1926 e em 1927 a importação do garanhão Breslau, destinado ao antigo Haras Paulista de Pindamonhangaba. Entre 1932 e 1956, o Exército Brasileiro importou perto de cem reprodutores para as Coudelarias de Tindiqüera-PR, de Rincão-RS, Pouso Alegre-MG e Campo Grande-MS, sendo que os serviços e manejo ficaram concentrados  na Coudelaria de Tindiqüera por ter melhor clima para adaptação dos importados. Através dos programas de expansão da raça, muitos governos estaduais  e criadores particulares receberam, através de empréstimo, garanhões do Exército para cruzar com as éguas Bretãs e éguas  comuns (as éguas puras eram adquiridas em leilões realizados pelo Exército). Com a desativação da maioria das coudelarias do Exército na década de 70, devido a chegada da mecanização agrícola, o já reduzido rebanho centralizado em Tindiqüera-PR foi vendido em leilão e algumas dezenas de criadores paranaenses cuidaram  de sua preservação. O Haras Paulista de Pindamonhangaba foi transferido para a Coudelaria Paulista em Colina-SP, conhecido depois como Estação Experimental de Zootecnia do Instituto de Zootecnia de SP, e atualmente recebeu o nome de Pólo Regional da Alta Mogiana –APTA,  continuando no município de Colina, que hoje ainda conta com um grande plantel de animais puros da raça Bretão.

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